Sobre

Infância e Adolescência

 

Em primeiro lugar gostaria de me apresentar. Sou uma mulher, brasileira, nascida na década de 80, portanto tenho mais de 40 anos. Sou graduada em Administração de Empresas, com MBA em Gestão da Qualidade e Gestão Ambiental e MBA em Auditoria e Controladoria. Também sou atriz de teatro há mais de 14 anos, embora esteja afastada dos palcos desde a pandemia. A arte sempre me salvou das adversidades.

A princípio tive uma infância feliz, estudei em bons colégios, com pais dedicados com a nossa educação. Entretanto a adolescência já não foi tão feliz por ter problemas de convivência com meu irmão e consequentemente com os meus pais. A propósito, não tenho mais nenhuma relação com o meu irmão.

 

Início da vida adulta

 

Primeiramente precisei começar a trabalhar cedo e isso foi muito importante para mim. Dessa forma, por incentivo de algumas matérias da faculdade, por volta dos 20 anos (anos 2000), passei a investir no mercado financeiro. Lembro que naquela época a comunicação com a corretora ainda era via fax. Sim, já existia e-mail, claro, no entanto alguns documentos enviávamos por fax.

Ouso dizer que investir no mercado financeiro foi a atitude mais assertiva da minha vida. Principalmente por me ajudar a juntar dinheiro e antes dos 30 conseguir o meu primeiro carro. Lamentavelmente eu não consegui continuar persistente pois jamais poderia imaginar o que viria pela frente ao longo da minha caminhada.

Contudo investir foi o que me ajudou quando descobri uma traição dentro de uma relação de quase 9 anos e precisei cancelar o casamento faltando 3 meses para a data da cerimônia. Com isso fiquei cheia de dívidas. Multas contratuais. O ex-noivo não arcou com nada uma vez que todos os contratos estavam em meu nome.

 

Ladeira abaixo

 

Após 3 anos imaginei ter encontrado a pessoa certa para formar a minha família, entretanto eu me vi afundando em uma relação extremamente abusiva. Sofri violência patrimonial além da emocional. Perdi mais de 100 mil reais, carro, casa, seguro, perdi um filho em consequência de um aborto retido, e em seguida tive um oficial de justiça na porta da casa dos meus pais. Uma fase difícil e caótica, engordei quase 40kg e pensei que aquele seria o meu fim.

Portanto precisei voltar para casa dos meus pais sem absolutamente nada e inclusive sem emprego. Lembro de ter sentido uma vergonha muito grande. Afinal estava na porta dos meus pais completamente fracassada.

Abandonei tudo no estado em que morava para preservar a minha vida. Não trouxe nem as minhas roupas. Dei prioridade aos meus livros. Ainda assim fui privilegiada por ter esse refúgio na casa dos meus pais. Sabemos que essa não é a realidade de muitas pessoas sobretudo em situação de vulnerabilidade.

 

Tentando recomeçar

 

Então comecei do zero. Logo em seguida voltei a estudar e dentro de um ano consegui aprovação em um concurso público de categoria medíocre. Ocorre que eu precisava urgente de qualquer atividade que não me fizesse pensar.

Eu queria um trabalho que me deixasse carimbando papéis durante todo o dia. Eu não queria tempo livre para lembrar que a minha vida tinha dado errado. Estava tudo diferente do que o que eu imaginei e sonhei. Eu pensava em morrer todos os dias.

Esse trabalho me ocupou e me salvou. Consegui quitar todas as dívidas que o abusador fez em meu nome. Estou nesse trabalho até hoje e só agora consigo pensar em novos projetos. Passei 10 anos presa nessa história de violência e perdas e acredito que jamais ficarei totalmente livre desse capítulo em minha vida.

 

Longa caminhada

 

Essa vivência afeta qualquer nova relação. Eu sempre acredito que aquilo vai se repetir. Sempre que aparece alguém em minha vida, eu não consigo confiar. Sigo a minha caminhada sozinha e por isso resolvi criar esse blog pois acredito que existem mais pessoas vivendo uma realidade semelhante e talvez eu consiga, contando a minha história, fazer alguma diferença na vida de alguém.

Em breve falarei sobre os investimentos no mercado financeiro. Esse também é um objetivo.

Sempre que entender necessário, contarei as minhas histórias misturadas com os acontecimentos reais da vida.

 

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