*Esse post não contém recomendações de investimentos. Apenas conta a minha trajetória inicial no Mercado Financeiro.
Em primeiro lugar o meu interesse surgiu quando paguei as cadeiras de Economia e Macroeconomia na faculdade. Gostei muito do assunto e resolvi me aprofundar um pouco mais. Acredito que o período era um pouco antes dos anos 2000, eu tinha quase 20 anos.
Eu utilizava 4 transportes públicos por dia para enfrentar a minha rotina com a faculdade e o estágio que, naquela época, durava 8h por dia pois ainda não existia a lei do estágio.
Além disso, como estagiária eu recebia uma bolsa de R$ 300,00. Não entendia muito o que fazer sobre investimentos nessa época, porém estava sempre buscando novas informações sobre o assunto e percebi que precisava vivenciar aquele universo na prática para poder conhecer mais.
Ainda que não tivesse grandes responsabilidades em casa, precisava ajudar com a faculdade e o que sobrava era meu. Morava com meus pais e tinha uma estrutura que me permitia arriscar.
Porém o que se faz no Mercado Financeiro com menos de R$ 300,00?
Naquela época não era impossível, mas ainda era bem difícil. Contudo hoje em dia posso afirmar que é possível montar uma carteira de investimentos interessante com o valor que eu recebia há mais de vinte anos.
Encontrando o meu grupo de investidores
Acessando fóruns e comunidades sobre investimentos, descobri um grupo onde pessoas com pouco poder aquisitivo se uniram com outras com mais condições para investirem em cotas de ações através de uma corretora.
Pronto, foi a minha chance de fazer parte desse mundo sem ser dona de grandes fortunas.
Lembro que a sede do escritório era em um estado que ficava na outra ponta do Brasil. Portanto, eu não tinha como visitar o escritório para conhecer e ter a certeza de que aquilo não era um golpe.
Entrei em contato com o gestor por e-mail e ele prontamente respondeu. Todos eram jovens e estavam iniciando.
Logo depois ele me enviou todo o material por fax e por e-mail. Falou que estava fazendo mestrado em Economia e me mandou também o seu trabalho.
Hoje ele é relativamente conhecido no meio e dá palestras pelo Brasil.
O fato é que não era tão simples como hoje, mas já existia redes sociais que permitia buscar mais informações sobre alguém..
Então aceitei os termos, preenchi diversos papeis com meus dados, assinei contratos, reconheci firma das assinaturas, enviei tudo via correios e aguardei a aprovação.
Começando a investir
Pronto, agora eu fazia parte de um grupo de investidores da Bolsa de Valores do Brasil. Comprava frações de cotas e acompanhava os relatórios por e-mail. Ou seja, eu não escolhia para onde os investimentos do grupo eram direcionados e nem tinha direito a voto pois a minha participação era muito pequena, mas fazia os aportes quando tinha condições e assim fui conseguindo juntar um patrimônio.
As coisas iam evoluindo e eu aprendendo com cada mudança e tomada de decisão do grupo.
Foi necessário alterar a corretora e quem não tinha interesse em mudar de corretora poderia solicitar suas cotas para transferir para onde quisesse. Eu segui com o grupo para a nova corretora.
Assim foi o meu início com os investimentos onde permaneci um bom tempo.
Desse modo consegui comprar o meu primeiro carro aos 28 anos, até passar por algumas adversidades e precisar retirar um montante de recursos que me ajudou muito a resolver vários problemas quitando dívidas deixadas por um quase casamento e um relacionamento tóxico.
Acredito que se nunca tivesse vivenciado as adversidades e golpes que vivenciei e que me impediram de dar continuidade aos investimentos por um período considerado de tempo, talvez hoje estivesse em uma situação bem melhor.
Persistindo mesmo com dificuldades
O fato é que nada disso me fez desistir e assim que tive oportunidade dei continuidade aos meus investimentos, pois sempre acreditei que não era preciso ter grandes fortunas para fazer parte do Mercado Financeiro e tentar garantir uma segurança maior para o futuro.
Mesmo não sendo especialista e nem analista financeiro, trarei mais material sobre o assunto, pois acredito que informar sobre educação financeira é sempre muito importante.